77ª Feira do Livro

De 24 de Maio até 10 de Junho, Lisboa e Porto acolhem a 77ª Feira do Livro. Na capital é o Parque Eduardo VII que recebe as várias editoras que ali marcam presença, no Porto é o Pavilhão Rosa Mota que alberga pela última vez esta feira.

Descontos em livros com mais de 18 meses, e outros eventos serão bons motivos para dar um saltinho a este espaço natural de leitura.

E até os mais pequenos têm uma boa razão para lá ir, não só pelas editoras infanto-juvenis que lhes oferecem um vasto leque de livros, mas também pelo espaço lúdico que a "Nestlé" lhes proporciona.

De segunda a sexta-feira as portas abrem ás 16h e encerram ás 23h (com a excepção da sexta que fecha ás 24h), e aos fins de semana abrem ás 15h e fecham ás 24h.

Artesanato que pouco teve de Feira

Meia dúzia de bancas espalhadas por um dos passeios do Jardim da Estrela deu origem ao que apelidaram de "Feira de Artesanato". Em apenas dez tranquilos minutos se percorriam as tendas, há luz de uma cinzento céu que teimou em marcar presença. O artesanato mostrava as qualidades artisticas de vários artesãos, misturando os mais diversos materiais, que depois se transformavam em bolsas com gravatas... em carteiras com material de plástico.. ou mesmo, em gorros coloridos de lã.

No entanto, os visitantes pouco aderiram, e as compras também não foram o forte neste evento. Uns preços mais acessiveis do que outros convidavam alguns a ver, outros a comprar e uns terceiros a ponderar uma eventual compra.

Os Kumpania Algazarra passaram por ali, mas pouco contribuiram para a animação. A esplanada tornou-se mais convidativa e a "algazarra" ficou-se antes por uma belo café, ou por uma espumosa imperial.

Já chega...

Todos concordamos que o desaparecimento de Madeleine é algo terrivel... que merece reconhecimento... e apoio humanista para se poder encontrar menina. No entanto, o mediatismo que os orgãos de comunicação social estão a dar a este caso já ultrapassou todos os limites.

Os media estão a esquecer-se que quase todos os dias há crianças que são raptadas, mortas, violadas, maltratadas e atiradas ao abandono do mundo cruel em que vivemos. Que temos inúmeros casos de crianças portuguesas que desapareceram já há mais de 9 anos como é o caso de Rui Pedro, ou mesmo de outras das quais nunca mais se soube o paradeiro, como aconteceu com a pequena Joana. Nestes casos, os jornais, rádios e televisões cobriram o sucedido, mas não deram metade da atenção e mediatismo que estão a dar a este.

No entanto há aqui factores que influenciam. O facto deste desaparecimento ter ocorrido no seio de uma familia britânica classe media-alta, e de os próprios media ingleses não arredarem pé da Praia da Luz, faz com que os pequenos "tugas" continuem há quase três semanas a referir diáriamente o desaparecimento da Maddie, e a fazer directos do Algarve que já pouco de novo trazem ao público. Contudo, é importante que a nivel mundial transmitam uma imagem de país extremamente preocupado e horrorizado com este "eventual" rapto. Na verdade o que os nossos media buscam durante todo este tempo é o reconhecimento internacional, e vêm neste caso uma excelente oportunidade para se destacarem, e andarem na boca do mundo.

Se a situação se tivesse invertido, isto é, se fosse uma menina portuguesa a desaparecer em Inglaterra, os media daríam a noticia, quando muito durante dois ou três dias. Nós já lá vão quase 20 dias nisto, e agora até os telejornais terminam com a publicidade de apelo para encontrar a pequena Madeleine.

É deveras ridiculo!

Creamfields... pontos altos... e pontos mornos

Pela primeira vez o nosso país acolheu o Creamfields,um festival essencialmente de música electrónica, mas ao qual os "tugas" alargaram o conceito ao reggae e ao rock.

Muitos foram oos aspectos positivos, mas negativos também. As enormes filas para as casa-de-banho que eram pouquissimas para 35 mil pessoas, a multidão que me atropelava nos postos de comida igualmente diminutos, e as absurdas esperas para entrar nos espaços da OLÁ foi sem dúvida, o que demonstrou alguma falta de organização por parte dos dirigentes do festival.

Placebo apesar de ser uma banda com grande significado para mim, acho que deu um concerto ficou muito aquém das expectativas (pelo menos das minhas). A interacção com o público foi pouca, e a falta de ritmo e garra por parte da banda resultou nesta amostra da "Special k", bem mais lenta do que no álbum.

Apesar das criticas que faço, tenho de confessar que as 12h que passei dentro do recinto do Creamfields diverti-me bastante e vi outros bons concertos, como foi o caso de mister Max Romeo, grande senhor do reggae e Prodigy.

Blasted brilham por entre a chuva do Enterro

Os Blasted regressaram ao palco do Enterro da Gata para animar mais uma semana académica. Agora com novo visual e novo álbum a banda pôs mais uma vez aos saltos, os estudantes do minho.

Um concerto que recebeu um número considerável de espectadores, apesar da chuva que se fez sentir ao longo de uma hora e meia que estiveram em palco.

Os "tugas" começaram e terminaram com o single do último trabalho que já está à venda nas lojas (e pirateado na internet). No reportório ainda incluiram músicas como "are you ready" levando o público ao rubro.

No final do concerto e já habituados á lama pela qual caminhavam, os estudantes prosseguiram a noite nas tendas dos respectivos cursos, ou nas restantes que transbordavam música, e que por ali convidavam a mais um copo.

Aqui deixo ficar o video da música que para mim foi o meu último "sun goes down" em Braga.

Novos talentos à vista

O Mundo Mix é uma porta aberta para todos aqueles que queiram dar a conhecer os seus trabalhos. Aceitam-se ideias irreverentes nas áreas da música, moda, artes, cultura e multimédia. Durante os dias 12 e 13 de maio este grupo de impulsionadores irá fazer uma exposição no Castelo São Jorge, pondo a nu todos os trabalhos que receberam durante o periodo de inscrição.

Esta é uma óptima oportunidade para tomar contacto com novos projectos e travar conhecimentos. E quem sabe se na próxima edição não serão os teus trabalhos a serem expostos.

Hilight Tribe - Free Tibet

Uma das minhas bandas preferidas!

Apreciem a mistura de ritmos... e deixem-se levar pela magia.

Fabuloso Miradouro da Graça

Este miradouro tão conhecido e reconhecido em Lisboa, constantemente visitado por dezenas de turistas é uma verdadeira janela aberta para a cidade. A panorámica que aí se levanta proporciona uma das melhores vistas sobre a capital.

Do lado esquerdo apresenta-se o Castelo São Jorge, mais lá em baixo visualiza-se a Baixa de Lisboa, lança-se um breve olhar sobre o Tejo e contempla-se o restante espaço circundante.

O miradouro da graça é convidativo a um tranquilo café oferecendo, um óptimo final de tarde. Numa paz que só aí se faz sentir, e que contrasta com o tumultuo dos carros, das vozes e do stress humano que vigora na grande cidade.

Pessoalmente prefiro o serão no miradouro. A cidade enche-se de luzes e dá aso à imaginação.

Inadmissivel!!

Doaa Aswad Dekhil uma adolescente iraquiana de 17 anos foi apedrejada até à morte. A causa de tal brutalidade deve-se ao facto de Doaa se ter apaixonado por um mulçumano, e se ter convertido ao islamismo para poder casar com ele.

A adolescente é oriunda de uma aldeia do norte do Iraque, Bashika, cuja população é uma minoria religiosa antiga que venera o diabo.
Quando regressou a casa, depois de ter feito a conversão ao islamismo esperavam-na um grupo de 8 homens que pertenciam à sua familia e que a apedrejaram até à morte, perante uma legião de 2ooo pessoas que assistiram "de camarote" a esta verdadeira barbaridade.

Um caso chocante que faz pensar até que ponto se devem respeitar os valores culturais, em detrito dos humanistas. Este é sem dúvida um acto que deve ser punido. No entanto, o mais chocante para nós ocidentais é que as mulheres em pleno século XXI, ainda sofram este tipo de agressões perante um facto sem razão aparente.

Para mais informações consultem ainda hoje o site do jornal espanhol el país, onde contêm o video do apedrejamento, que alguns dos "espectadores" fizeram com o telemóvel, e colocaram na internet.

www.espais.com

Free Hugs

Se no Porto o movimento Free Hugs foi um sucesso, em Lisboa já não se pode dizer o mesmo. Aplaudo o facto de um grupo de jovens ter tomado conhecimento do evento e o ter tentado divulgar na capital.... embora tenha sido de uma forma desastrosa.
Deixo aqui o video de como o Free Hugs no Porto conseguiu alcançar o objectivo pretendido.

Enterro da Gata no seu melhor

Pois é amiguinhos... o tempo passa a voar e já aí está à porta o Enterro da Gata 2006/2007. Como a nossa Associação de Estudantes continua a ser "competente", este ano até criaram um site onde os alunos da UM podiam escolher as bandas que queriam ver no Enterro. Se as escolhas foram levadas em conta não sei. Porém se o foram e são as que o cartaz apresenta este ano, tenho a dizer que lamento profundamente o gosto musical dos alunos desta academia... apesar de também ser a que integro.
Eu por lá passarei é um facto, não fosse este o meu último ano de universitária. Se as bandas me cativam? Já devem ter percebido que não.

Pergunta Dificil... eheheh!

Se hoje te dissessem que tinhas apenas um dia de vida...

O que é que farias nas tuas últimas 24horas de existência?

Deixem sugestões.

Tudo o que se passa... passa na TSF

Desde que decidi ser jornalista - já lá vão quase dez anos - o meio radiofónico sempre marcou presença na minha vida. A TSF confesso que inicialmente não era a que mais ouvia, pois a área de entretenimento, nomeadamente a Antena3 falava mais alto.
Contudo, hoje em dia que estou a estagiar nesta prestigiada rádio passei a ter noção de como as coisas funcionam. O ambiente que inicialmente me era totalmente alheio, tornou-se agora na minha segunda casa. E embora continue a achar que a TSF é uma rádio direccionada para uma certa elite (embora elitismos não me cativem), adquirí uma enorme simpatia e um carinho especial por todo o núcleo que faz chegar diariamente, a um elevado número de ouvintes os acontecimentos do dia-a dia.
O ambiente descontraído no qual os jornalistas trabalham, numa redacção envolta por uma nuvem de fumo dos constantes cigarros que se acendem e apagam, eleva o gozo de fazer jornalismo. O stress de gravar uma noticia que tem por vezes um minuto para entrar no ar, ou mesmo os berros e as caras feias que se fazem porque algo correu mal, não tira o brilho que a rádio irradia.
Estou contente por fazer parte deste grupo. Embora sejam somente três meses e as limitações que ali tenho sejam muitas, não me importaria de continuar a fazer parte deste mundo radiofónico... por onde tudo passa.

Babijy... um olhar frio sobre a sociedade indiana

Babijy é a única obra de Abha Dawesar traduzida para português. Esta escritora indiana oriunda de Nova Deli vive actualmente nos Estados Unidos. O seu primeiro romance adquiriu um sucesso que nem ela esperava, e trata-se do retrato polémico e real da sociedade do seu país, com todos os pudores que por lá se tentam ocultar.
O livro retrata a história da adolescente Anamika que começa a descobrir a sua sexualidade, mas com uma particularidade... as únicas pessoas que a atraem são as mulheres. Inicia um romance com India uma mulher bem mais velha, ao passo que vai criando outras relaçõs lesbianas, Rani a empregada de sua casa e Sheela a colega de turma. Anamika é a melhor aluna do colégio, chefe de delegados, e considera-se diferente.
Critica a India por ser um país retrógado e sente uma enorme curiosidade pelo Ocidente, pela liberdade que aí terá para viver o seu ser tal como é, e sem preconceitos. Decide ir estudar para os Estados Unidos, e este pormenor entre outros faz-me questionar até que ponto a história não é autobiográfica. Para quem conhece um pouco mais da escritora nota que há muitos factos que coincidem entre a Anamika e Abha Dawesar
Ao longo de Babijy a autora teve o cuidado de introduzir dados históricos e lendários que caracterizam tão bem a India, criando em simultâneo imagens de adultério, lesbianismo, abuso de menores e outros assuntos que por cá vão sendo aceites, mas que entre os Indianos são discriminados.
Uma sociedade que por debaixo de um sari... tem muito a revelar!

As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos

Retratar as obras de Shakespeare em 97 minutos não é tarefa fácil. E abordá-las de uma forma cómica é ainda mais complexo. Mas já lá vão 10 anos que a Companhia de Teatro do Chiado criou "As obras completas de William Shekespeare em 97min" e foi tal o sucesso, que ainda hoje há inúmeras pessoas que depois de já terem visto duas e três vezes a peça, continuam a reservar bilhetes com relativa antecedência para passar 97 minutos... a rir.

Começam com "Romeu e Julieta", passam pela "Tragédia de Julio César" e terminam com o "Hamlet". João Carracedo, Manuel Mendes e Simão Rubim vestem a pele das várias personagens criadas pelo maior dramaturgo inglês.

A interacção com o público não falta e em todas as peças à sempre um membro que faz de Ofélia, em "Hamlet". Enquanto que os restantes espectadores ajudam retratando o ego e o super ego da mesma.

O grupo de três actores iniciará uma digressão por vários pontos do país, para mais 10 anos (quem sabe?) de exibição de uma fantástica obra teatral.