21 julho 2007

Chega o verão e com ele as hilariantes festas de reggae. É certo que as boas vibrações não escolhem estação do ano, mas é no verão que elas mais se espalham.
Este sábado o poto enche-se de novo de uma onda de paz e amor, libedade, união e respeito, na Praia da Luz. E para marcar este encontro dão à costa os mais recentes álbuns de One Love Family, a grande familia do reggae, e One Sun Tribe, a tribo que traz uma nova luz de esperança. O preço são 10 rastas, e toda a familia está convidada a participar.

Festa da Diversidade 2007


Se há que promover a igualdade, a diversidade e o "não" ao racismo eles nunca faltam. Em mais uma edição da Festa da Diversidade, os Terrakota extasiaram o Terreiro de Paço com as sonoridades vindas do seu terceiro trabalho "Oba Train".




Os Kumpania Algazarra aqueceram a noite com os ritmos mexidos e bem caracteristicos do ska. E porque a diferença traz boas surpresas eles acompanharam instrumentalmente os Terrakota. Numa mistura de Algakota, a noite terminou ao som do ska/reggae, e de muita boa disposição.

Dance Station


Dance Station: Estação do Rossio.

Foi uma paragem obrigatória no passado dia 12 de julho. Os "irmãos quimicos" proporcionaram um dos melhores espectáculos sonoros e visuais para os "tugas e não tugas" que por lá passaram. Durante uma hora e meia de concerto foi o público que descarrilou agradávelmente pelos carris do Rossio. Não numa viagem perigosa, mas em direcção a um abismo cheio de quimica.

Vinte e Zinco


"Certa vez eu vi a grande ave dos oceanos. Tinha chegado à costa exausta, chocado com um farol. As grandes asas estavam quebradas. Eu olhei aquele bicho com os homens brancos. Pássaros de asas viajadoras, mas que chocam contra luzes que eles mesmo inventam"


Trata-se de um pequeno grande romance que retrata a vivência do 25 de abril numa das colónias portuguesas, Moçambique. Um diário que retrata ao de leve os horrores feitos pelos militares portugueses durante o regime ditatorial.


"Uma viagem entre fantasmas e medos dos que viviam na casa grande, e a esperança dos que viviam sob os telhados de zinco"

04 julho 2007

Excerto de um dos maiores quadros do mundo, unido por temáticas numa mesma tela.


Francesco Antonacci - Reggae



"A capacidade de nos rirmos de nós proprios constitui uma cura parcial, a capacidade de nos vermos como os outros nos vêem é um outro remédio."

"Imaginemos o outro quando lutamos, imaginemos o outro quando nos queixamos, imaginemos o outro precisamente quando sentimos que temos cem por cento de razão."

África Festival


Tinariwen

Na sequência das festas lisboetas, atracam ao pé da Torre de Belém ritmos vindos de África. Nomes com Mayra Andrade e Tinariwen invadem a capital com melodias caracteristicas, da cultura africana.
Para além da música, também a sétima arte vai estar em cartaz. Como estreia em território nacional temos "Bamako", filme de Abderrahmane Sissako. Um cineasta que vem elucidar o ocidente, da existência de um mundo cinematográfico, em África. De 28 de junho a 5 de Julho, Lisboa enche-se de um manto sonoro e humano deliciosamente negro, disperso por entre os Jardins da Torre de Belém, e o Cinema S. Jorge.

Fazer bom uso da morte?!

Há quem viva com medo da morte! Há também quem viva a pensar que quando a morte chegar, com ela chega o descanso, um "mundo" melhor. Uns pensam mais nela do que outros. No entanto, é uma fatalidade nunca esquecida, e aguardada por todos. Na peça "Fazer bom uso da morte", o retrato que dela nos é apresentado torna-se perceptível de maneira diferente, para cada espectador.
Do meu ponto de vista, há uma enorme critica carregada de sarcasmo, feito às distintas formas de vida. Umas que vivem de acordo com o socialmente correcto, tomando atitudes sedentas de preconceitos e racismos. Outros que vivem no medo de ver a essência oprimida que existe dentro de si, e que grita desesperadamente, por uma oportunidade de viver. Há uma relação intrinseca entre a vida e a morte.
Entre a seriedade e a comédia, a reflexão e o evasivo, esta peça baseada num texto de Pasolini e apresenta-se como alternativa, ao teatro convencional. Não linear, faz com que cada um tire as suas próprias ilações, e no final tente dar resposta ao bom uso que ali é feito da morte.
Ana Rosa Abreu e Daniel Coimbra são os actores que categoricamente interpretam as personagens, contando com um acompanhamento musical extremamente bem concebido, ao longo de quase uma hora e meia de peça.
Até dia 15 de Julho a casa dos dias de água continua a acolher este pequeno fruto, vindo da morte.

02 julho 2007


"A Persistência da memória" - Salvador Dali

Memórias que com o tempo nascem e com o tempo morrem. Ou lembranças que resistem inertes ao duro passar do tempo, e que pela sua teimosia nunca se apagam!

Italiano? Espanhol? Ou Português Judaico? Qual destas será a verdadeira nacionalidade de Cristovão Colombo, ou Cristobal Colón. Um dos mais bem guardados segredos da antiguidade surge agora em forma de livro, pelas mãos de José Rodrigues dos Santos.
Baseado em documentos históricos e com muita ficção á mistura, o jornalista traz-nos um dos mais hilariantes romances, com ínumeras informações veridicas, sobre o grande descobridor das Américas.
Muitas, são as especulações feitas em torno da nacionalidade de um dos maiores homens da nossa história, e que melhor deixou a sua origem no anonimato. Em simultâneo, surgem várias teorias dadas em relação às suas raízes.
Rodrigues dos Santos adoptou uma! Surpreendam-se numa leitura que mistura o passado com o presente, tentando dar resposta a uma dúvida, que no final continua a pairar no ar. Prestes a ser respondida, pela teoria que cada um quiser assimilar. Seja a já instituida de que Colombo era italiano genovês, ou então a de que ele era... português!


"Quando o reggae bate não se sente dor"
"Porquê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais saíremos vivos."
"Quando morrer quero ser cremado, para que as minhas cinzas alimentem as ervas. E as ervas alimentem a mente dos loucos. Loucos como eu!"
"Para quê os olhos verdes, se posso tê-los vermelhos. E se o vermelho dos meus olhos, vem do verde da natureza."
O reggae não é para ouvir é para sentir. Quem não o sente, não o conhece."

Bob Marley